quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Começa a melhorar...

Hoje fiz bolonhesa e correu tudo bem. Já tinha provado esta receita da Bimby feita pela minha prima S. e também a que a vendedora fez para a lasanha durante a demonstração. Hoje fiz eu e ficou óptima. Mas, mais uma vez, as temperaturas e tempos da receita não estavam bem... Ao fim de 12m, 100 graus, colher invertida, ainda havia bocados de carne crua lá dentro. Nada que não se resolvesse: puz mais 8 minutos, temperatura varoma e realmente apurou. Aliás, apurou tanto que o vapor fez saltar a tampinha e foi um esterco de espirros de molho de tomate por toda a cozinha!

Confirmou-se igualmente que 500 g de carne picada para bolonhesa feita na Bimby rendem muito mais do que o equivalente feito no tacho. Não sei se é de ficar mais triturada, ou de mingar menos, mas fiquei com bolonhesa para 10 adultos à vontade - o que na minha economia de duas meias-barrigas e uma-barriga-sempre-em dieta cá de casa significa que tenho bolonhesa para um mês!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Puré de Batata 2

Só para dizer que o puré ficou óptimo - mesmo! Tive que moer muito mais tempo e numa velocidade muito maior à indicada na receita. Para terem uma ideia, ao fim de 30 s na velocidade 3 ainda estavam batatas inteiras lá dentro. Também tive de usar muito mais temperos do que o que costumo para ficar com o mesmo gosto apaldado a noz moscada e pimenta.

Puré de Batata

Tenho o puré a fazer na Bimby e por isso fugi da cozinha - aquilo faz cá uma barulheira! O primeiro comentário que me ocorre é: quem é que tem tempo e paciência para descascar 1kg de batatas? Ainda fiquei na dúvida sobre se o kilo seria com ou sem casca, mas concluí que devia ser sem casca, porque tudo o que é bom custa. Ainda por cima, a receita especifica que tem de ser da batata roxa, que é muito mais dura e difícil de descascar!
Vamos ver qual é o resultado, mas Amigas, é bem mais fácil abrir o pacote de puré do Pingo Doce despejá-lo na panela com o leitinho e a manteiga e em 5 minutos está pronto.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Balanço da primeira semana

Confesso que não estou super-entusiasmada... mas admito que seja uma fase de adaptação a uma forma diferente de cozinhar e que ainda não tenha descoberto os truques necessários.

Vejamos: comecei por fazer uma simples sopa de legumes - a tal que todos elogiam por ter uma textura especialmente cremosa. Lá descasquei tudo (ainda a lembrar-me da pergunta irónica da minha Mãe para a vendedora: "mas não descasca??"), e programei 30 minutos, temperatura 100º velocidade 1. Quando ela apitou para informar que o tempo terminara, aumentei a velocidade progressivamente até 9 durante 1 minuto. Fiz tudo bem???? Já não sei... a sopa ficou desenxabida, aguada e grumosa... A minha prima C. diz que o problema foi que fiz pouca quantidade. Por isso, na vez seguinte, coloquei mais legumes e menos àgua, repeti o procedimento e... continua a estar desenxabida, com pouco gosto e com pouco corpo.

A segunda experiência foram os pãezinhos de leite, que cá em casa o rebento mais velho consome em grandes quantidades. Lá segui a receita conforme o livro indicava até chegar a um misterioso: "esperar que duplique". Como não percebi do que se tratava, enfiei os pães no forno e o resultado foi... suspense.... já adivinharam??? Pães-duros-como-tijolos!!!! Já me informei e a frase-mistério significa que a massa tem de levedar!!! Ó Santa Ignorância, Maria Joana, nunca fizeste pão na tua vida?????? A lição foi aprendida e à segunda tentativa os pãezinhos sairam maravilhosos (mas, ainda assim, não tão bons quanto os de compra).

Não devia partilhar a terceira experiência, para evitar a humilhação, mas aqui vai. Tentei fazer um arrozinho de tomate que iria mesmo bem a acompanhar os filetes e que parece muito apetitoso no livro de receitas. Toca de deitar lá para dentro uma cebola, um dente de alho, a polpa de tomate, o fio de azeite e depois de programar os tempos, temperaturas e velocidades (ufa!) enfei o arroz lá dentro e esperei que ela chamasse por mim. Não tem descrição o que eu esperei e programei e reprogramei porque o arroz não havia meio de estar cozido. Só no final é que me apercebi que não tinha tirado o cesto lá de dentro, de modo que não cheguei a fazer o refogado e o arroz cozeu num maravilhosamente lento vapor de àgua entomatada.

Para não deixar a BoB completamente mal vista, tenho que acrescentar que fiz sumos naturais de facto maravilhosos, com misturas que normalmente não ficam perfeitas na liquidificadora normal (laranja-cenoura-maçã), que piquei alho e cebola em um segundo sem ficar com as mãos a cheirar mal e que cozi umas batatinhas ao vapor bem boas.

Digamos que é um balanço ainda negativo mas com grande potencial.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O porquê da Bimby

A Bimby chegou este fim-de-semana lá a casa. Andei durante muito tempo a matutar sobre se havia ou não de ceder à super-panela. Praticamente todas as minhas amigas e primas já a tinham, e a maioria dizia maravilhas; mas eu, até agora, tinha uma coisa muito melhor do que a Bimby: tinha uma Elsa que cozinhava muito bem e me deixava o jantarinho pronto todos os dias. O meu único trabalho era aquecê-lo e pô-lo na mesa. Mas como tudo o que é bom dura pouco, a minha Elsa partiu para estudar culinária em Paris e eu tive de me confrontar com a minha incompetência na cozinha.

Cheguei à conclusão que não sou completamente desprovida de talento, e que até gosto de estar no meio dos tachos e das panelas. Dá-me gozo ver os ingredientes soltos a transformarem-se num prato coerente, saudável e saboroso. O que mais gosto é de fazer assados, sobretudo perna de borrego, que é um sucesso garantido junto da prole. Ponho muitas ervas e temperos e, enquanto está no forno, vou lá muitas vezes regá-lo para ficar bem suculento e tostadinho.

Dito isto, a verdade é que me falta o tempo para namorar com o assado. Os meus finais de dia são normalmente uma correria entre chegar do trabalho, levar as crianças às actividades, trazê-las para casa, dar banhos, vestir pijamas e, claro, fazer o jantar que tem de estar pronto impreterivelmente às sete meia, sob pena de todo o esquema ir por água abaixo, e eu só chegar ao sofá depois das onze da noite.

Daí a tentação da Bimby. Ela supostamente, e desde que correctamente programada, cozinha tudo sozinha, não deixa queimar nem passar demais e apita quando está pronto. Maravilha!

Assim, lá liguei à vendedora e marquei uma demonstração. Queridos Leitores: ficam já avisados que a demonstração é uma prova dura de superar e que se recomenda a ingestão prévia de um calmante, sob pena de darem convosco a expulsar a vendedora lá de casa com um, quase a chorar, “por favor, vá-se embora que eu já não aguento mais!”.