A conclusão é que a Bimby não é um Maná e que podia perfeitamente passar sem ela. Dito isto, já que a tenho e a estou a pagar, há que lhe dar uso.
Com o tempo quente comecei a usar para fazer a fantástica limonada. É mesmo boa e não dá trabalho nenhum a fazer. A única parte chata é ter de coar duas vezes porque as crianças não suportam encontrar bocadinhos de polpa no sumo.
Esta semana produzi muito. Aproveitei que os meninos não esão e cozinhei que me fartei, com esperança de assim me conseguir escapar da cozinha durante as 3 semanas de férias que se aproximam. Fiz: rolo de carne, caril de frango, fricassé de lulas e bacalhau com natas. Conclusões:
- ninguém me convence que o bacalhau com natas se faz com batata palha... Bacalhau com natas é com batata aos cubinhos, mal fritas, misturadas com o reforgado de cebola, alho e bacalhau bem apuradinho. Já se está a ver que esta parte não fiz na Bimby, mas foi muito bom para fazer 1 litro de molho branco em 8 minutos, sem grumos e sem ter de estar a mexer durante 15 minutos. Ficou óptimo, mas a receita é Bimba e não Bimby :-)
- o rolo de carne ficou aceitável, mas com pouco sabor... sem o bacon e muitos temperos por cima para a assar fica desenxabido
- o caril de frango ficou bastante bom, apesar de não ter leite de coco em casa. Aldrabei com natas e açúcar e não se nota nada.
- o fricassé de lulas ficou esquisito porque as lulas mingaram imenso. Fiquei com molho de fricassé com migalhas de lulas...
Bimba ou Bimbólica?
Um diário para registar as minhas aventuras culinárias com e sem a Bimby
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Nova economia doméstica
A crise aguça o engenho e tenho tentado encontrar formas de combater o desperdício lá em casa. Quando era a Elsa que cozinhava era impossível explicar-lhe que não valia a pena cozer duas chávenas de arroz, que podia fazer só um pyrex pequeno de bacalhau, e que 3 litros de sopa só levava a que andássemos enjoados de comer sempre o mesmo... A Elsa, apesar de jovem, era uma cabo-verdiana com aquela mentalidade "à antiga portuguesa" que inclui fazer muita comida. Acabava por levar o que sobrava para casa dela, o que também era uma forma de a ajudar.
Mas agora que sou eu que cozinho e somos só nós os 3 a comer apenas uma refeição por dia (eles almoçam na escola e eu como sopa e restos), tenho estado a modificar a forma de cozinhar e a gerir as quantidades de outra forma. Há alguns factores a ter em conta: o primeiro é que temos de jantar todos os dias; o segundo é que eu nem sempre tenho paciência para cozinhar. Assim, adoptei um método já conhecido que consiste em, quando cozinho, dividir e congelar em porções mais pequenas que dêem para uma refeição. Fiz isso com a bolonhesa, com o rolo de carne e com o empadão de salmão. E, na verdade, é muito prático e resulta bem. Alterno com cozinhar coisas simples e feitas na hora como bifes de peru grelhados ou perninhas de frango assadas.
Outra coisa que tenho feito é desmanchar as embalagens de carne que compro no supermercado e congelar tudo em sacos individuais. Assim, se só precisar de dois hamburgers, não tenho que descongelar uma embalagem de seis.
Para além de me facilitar a vida, este método tem-me ajudado muito a reduzir o desperdício.
A Bimby também contribui para esta nova economia porque permite aproveitar coisas que eu antes deitava fora. O pão duro, por exemplo, transformo em pão ralado. E a fruta tocada é aproveitada para o sumo. Até agora foi só isto, mas aposto que deve dar para mais coisas.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Academia dos Sabores
Quem me ler vai pensar que eu ando uma croma da culinária, mas não... é mesmo só curiosidade e tempo livre. Participei numa aula da Academia dos Sabores com o tema "Receitas rápidas para impressionar" dada pelo Chef Pedro Marques. Aqui fica uma de que gostei muito, que é fácil e rápida de fazer e que tenciono repetir em casa:
Peito de Frango recheado com chèvre sobre maça caramelizada
Peito de Frango recheado com chèvre sobre maça caramelizada
Vamos precisar de...
* 4 peitos de frango pequenos
* sal
* pimenta preta de moinho
* 80 gr de queijo chèvre (ou fetta ou queijo de cabra duro)
* 30gr de manteiga Vaqueiro com alho
* 30 gr de manteiga Vaqueiro líquida
* 2 colheres de sopa de mel
* vinagre balsâmico
* 4 maças golden médias
* 1 colher de sopa de açúcar
* canela em pó q.b.
(Para a salada...)
* 80 gr de coentros em folhas
* 150 gr de agrião em folhas
* Azeite virgem Gallo
* Miolo de Noz
Como fazer...
1º Ligue o forno e regule-o para 180ºC.
2º Tempere os peitos de frango com sal e pimenta preta moída na altura.
3º Com uma faca estreita, perfure cada peito de frango de um lado ao outro e introduza o queijo chèvre de modo a rechear a carne. Repita o processo em todos os peitos de frango.
4º Aqueça a manteiga com alho numa frigideira e aloure os peitos de frango de ambos os lados. Regue com mel e deixe caramelizar um pouco. Borrife com vinagre balsâmico. Retire do
lume e leve ao forno mais 15 a 20 minutos ( se retirar os frango da frigideira para um pirex para ir ao forno, regue os peitos de frango com o molho da frigideira antes de ir ao forno).
5º Lave as maçãs, corte-as em rodelas grossas e tire-lhes o caroço.
6º Numa frigideira antiaderente, coloque a Vaqueiro líquida e deixe aquecer bem. Introduza as rodelas de maçãs, aloure-as de ambos os lados, polvilhe com açúcar e deixe caramelizar um pouco (todo o processo decorre com o lume bem quente). Polvilhe com uma pitada de canela em pó e retire do lume.
7º Numa taça misture as folhas de coentros e de agrião, tempere-as com azeite, vinagre balsâmico, sal, pimenta moída e o resto do queijo que sobrar do recheio do frango partido aos bocadinhos. Misture bem.
8º Corte os peitos de frango em 3 fatias, coloque-os sobre as rodelas de maçã, salpique com nozes grosseiramente picadas e acompanhe com a salada preparada.
* 4 peitos de frango pequenos
* sal
* pimenta preta de moinho
* 80 gr de queijo chèvre (ou fetta ou queijo de cabra duro)
* 30gr de manteiga Vaqueiro com alho
* 30 gr de manteiga Vaqueiro líquida
* 2 colheres de sopa de mel
* vinagre balsâmico
* 4 maças golden médias
* 1 colher de sopa de açúcar
* canela em pó q.b.
(Para a salada...)
* 80 gr de coentros em folhas
* 150 gr de agrião em folhas
* Azeite virgem Gallo
* Miolo de Noz
Como fazer...
1º Ligue o forno e regule-o para 180ºC.
2º Tempere os peitos de frango com sal e pimenta preta moída na altura.
3º Com uma faca estreita, perfure cada peito de frango de um lado ao outro e introduza o queijo chèvre de modo a rechear a carne. Repita o processo em todos os peitos de frango.
4º Aqueça a manteiga com alho numa frigideira e aloure os peitos de frango de ambos os lados. Regue com mel e deixe caramelizar um pouco. Borrife com vinagre balsâmico. Retire do
lume e leve ao forno mais 15 a 20 minutos ( se retirar os frango da frigideira para um pirex para ir ao forno, regue os peitos de frango com o molho da frigideira antes de ir ao forno).
5º Lave as maçãs, corte-as em rodelas grossas e tire-lhes o caroço.
6º Numa frigideira antiaderente, coloque a Vaqueiro líquida e deixe aquecer bem. Introduza as rodelas de maçãs, aloure-as de ambos os lados, polvilhe com açúcar e deixe caramelizar um pouco (todo o processo decorre com o lume bem quente). Polvilhe com uma pitada de canela em pó e retire do lume.
7º Numa taça misture as folhas de coentros e de agrião, tempere-as com azeite, vinagre balsâmico, sal, pimenta moída e o resto do queijo que sobrar do recheio do frango partido aos bocadinhos. Misture bem.
8º Corte os peitos de frango em 3 fatias, coloque-os sobre as rodelas de maçã, salpique com nozes grosseiramente picadas e acompanhe com a salada preparada.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Cozinhomania
Ontem fui com a minha Mãe a uma aula do chef Nuno Diniz (restaurante York House) na Cozinhomania.
A ementa era deveras impressionante e exótica: sopa de aipo bola com terrina de foie gras e amendoins crocantes; panacota de bacalhau e financiers.
A ementa era deveras impressionante e exótica: sopa de aipo bola com terrina de foie gras e amendoins crocantes; panacota de bacalhau e financiers.
Esta aula foi muito diferente da da Academia dos Sabores. Nesta não se cozinha, vê-se cozinhar. Sentamo-nos à volta de uma bancada em meia-lua e vemos o chef a executar alguns dos passos da receita, mas não todos porque são receitas complicadas e que levam muito tempo a fazer. Por exemplo, a sopa de aipo-bola (que é um legume que nunca vi na vida) levava um caldo de frango que leva 4h a fazer e a panacota tem de estar umas horas no frigorífico a solidificar. Portanto, metade da receita fica a cargo da nossa imaginação ou técnica - para quem a tenha...
A parte mais interessante foi a aprendizagem de técnicas: sabiam que a abóbora e o aipo devem ser assados primeiro no forno antes de cozer? Serve para concentrar o sabor destes legumes e permite descascar muito mais facilmente, sem tanto desperdício. Fiquei com vontade de experimentar.
A sopa faz-se com o aipo, primeiro assado, e depois cozido num caldo de frango caseiro e riquíssimo que leva tudo e mais alguma coisa: gengibre, anis estrelado, soja preta, vinho de arroz, salsa, tomilho, grãos de coentros, grãos de pimenta, etc etc. Na sopa mistura-se um pedaço de foie gras caseiro (que aqui não se compra nada feito). O chef ensinou a cozer e temperar o dito fígado, tirar-lhe as veias (blárrrc!) e conservá-lo em vácuo. O resultado é uma sopa muito cremosa. A consistência é semelhante às sopas que levam muitas natas e com um sabor original. Rematava com amendoim ralado, caramelizado com açúcar e caril, que foi o que eu gostei mais.
Esta é a receita com "madalena de azeitonas" e não com geleia de poejo |
Foi uma aula de alta cozinha! Achamos divertido porque é uma forma diferente de cozinhar... Nós fazemos coisas boas, que saibam bem e sejam saudáveis e equilibradas para a nossa família. Os chefs procuram sabores originais e pratos esteticamente bonitos.
Reconciliação
Fizemos as pazes. Parece-me poder dizer que a crise de adaptação já passou e que a partir de agora a nossa relação vai poder florescer. Depois daquela primeira semana catastrófica, tive mesmo que dar um tempo. Mas agora, a pouco e pouco, sinto que nos estamos a reaproximar. Acho que tinha expectativas demasiado elevadas sobre a performance dela, e agora já sei com que é que posso contar. Isso é bom. No fundo, aceito aquilo em que ela me pode ajudar, sem exigir dela funções que não pode desempenhar. Eu e a Bimby talvez não venhamos a ter a relação perfeita mas, pelo menos, poderemos ter uma cooperação complementar!
Nos preparativos para a festa de aniversário, usei-a para fazer as minhas próprias receitas. A Delícia de Laranja ficou óptima. Limitei-me a colocar todos os ingredientes na Bimby e usá-la como robot, para bater a massa. Também fiz a Bôla de Fumeiro que aprendi na Academia dos Sabores. É uma receita super-fácil que se faz com aproveitamento de pão (não leva farinha) e de enchidos ou carnes que se tenha em casa. O sabor e a consistência variam consoante os ingredientes que se usa, mas fica sempre bem. Usei a Bimby para picar/ralar o pão, picar os enchidos e misturar tudo com os ovos e os temperos. Foi, de facto, muito fácil e não sujei loiça nenhuma.
Já a tarte de limão merengada não ficou famosa... Fiz a receita de massa quebrada que vem no livro (e que a vendedora tinha feito à minha frente durante a demonstração) mas não resultou. Quando acabou o tempo ainda estava toda agarrada ao copo. Tive de acrescentar muito mais farinha para a despegar. Depois, quando estendi a massa, vi logo que não devia estar boa porque não estava elástica...
Este fim de semana fiz o rolo de carne do livro da Bimby. É muito fácil e fica bom. 1kg de carne picada deu-me para fazer 3 rolos de carne pequenos. Congelei-os separados, ou seja, fiquei com 3 refeições prontas. Assei um anteontem e estava muito saboroso, os miúdos comeram bem e gostaram.
A sopa é que ainda não me convenceu... Segundo recomendação da minha amiga JM, que já é bimbólica há anos, fiz a sopa na panela como de costume e depois passei-a na Bimby. O sabor ficou óptimo e a consistência também. O meu filho disse-me que era a melhor sopa que já tinha comido porque não tinha "nem um fiozinho"!
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Começa a melhorar...
Hoje fiz bolonhesa e correu tudo bem. Já tinha provado esta receita da Bimby feita pela minha prima S. e também a que a vendedora fez para a lasanha durante a demonstração. Hoje fiz eu e ficou óptima. Mas, mais uma vez, as temperaturas e tempos da receita não estavam bem... Ao fim de 12m, 100 graus, colher invertida, ainda havia bocados de carne crua lá dentro. Nada que não se resolvesse: puz mais 8 minutos, temperatura varoma e realmente apurou. Aliás, apurou tanto que o vapor fez saltar a tampinha e foi um esterco de espirros de molho de tomate por toda a cozinha!
Confirmou-se igualmente que 500 g de carne picada para bolonhesa feita na Bimby rendem muito mais do que o equivalente feito no tacho. Não sei se é de ficar mais triturada, ou de mingar menos, mas fiquei com bolonhesa para 10 adultos à vontade - o que na minha economia de duas meias-barrigas e uma-barriga-sempre-em dieta cá de casa significa que tenho bolonhesa para um mês!
Confirmou-se igualmente que 500 g de carne picada para bolonhesa feita na Bimby rendem muito mais do que o equivalente feito no tacho. Não sei se é de ficar mais triturada, ou de mingar menos, mas fiquei com bolonhesa para 10 adultos à vontade - o que na minha economia de duas meias-barrigas e uma-barriga-sempre-em dieta cá de casa significa que tenho bolonhesa para um mês!
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Puré de Batata 2
Só para dizer que o puré ficou óptimo - mesmo! Tive que moer muito mais tempo e numa velocidade muito maior à indicada na receita. Para terem uma ideia, ao fim de 30 s na velocidade 3 ainda estavam batatas inteiras lá dentro. Também tive de usar muito mais temperos do que o que costumo para ficar com o mesmo gosto apaldado a noz moscada e pimenta.
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